samedi 19 juin 2010

Três

Ontem,
Sexta feira a noite, estava cansada, um amigo passou em casa.
Chamarei de Antonio.
Apresento-lhes Antonio : Homem de 34 anos, tem um irmao 7 anos mais novo. E de origem indiana. Tem nacionalidade francesa. E casado com uma francesa., ela é professora. Ele estudou em escola jesuita. E cineasta, reporter, escrito...

Antonie esteve, entao aqui em casa ontem.
Conversamos como sempre sobre a vida.
Ele esta visitando um psiquiatra.
Soube disto qndo ele nao me parava de falar da vida dificil e instavel que leva com sua mulher. O ouvi sem problemas ate que começasse a falar sobre a vida sexual entre eles. Là, achei que estava exagerando e o expliquei que este ponto, infelizmente, nao me dizia respeito e que deveria ser conversado entre eles e nao com "estranhos".
Ele me explicou entao que foi seu psi que o havia dito de falar, assim se sentiria melhor. Pedi desculpas e disse que sendo que ele visitava o psi e que este o aconselhou...tudo bem poderia ouvir. Entao perguntei se ele entendia por que este sujeito me deixava constrangida? Acho que ele nao entendeu. Putz!! cada com seus problemas sexuais! Que va falar ao psi. Sinto, mas nao somos amigos intimos e o sujeito (falado com ele) me encomoda, paciencia!

Depois veio a parte 2 : problemas com os pais. "Meu pai isso. Minha mae aquilo"
Tentei dizer que a 34 anos, acho mais sadio deixar a culpa que sentimos (quando + jovens com os pais) no passado. Todos, ou a maioria de nos, tivemos odio, rancor de nossos pais. Creio que faz parte da natureza juvenil, e adulta se nao pararmos de nos focalizar sobre a raiva ou a culpabilidade alheia.
Gostaria que ele entendesse que é natural. E que, se ja mais velhos, continuamos a sentir isto, talvez tenhamos medo de viver so. E gostoso admitir que precisamos amadurecer e cuidar de nossas proprias vidas.Ora, isto tambem me pareçe natural.

Como uma pessoa que habita a mais de 10 anos fora de seu pais, e de tudo que isso possa representar, ainda pode pensar que se sua vida, depois de 10 anos nao esta como ele gostaria, a culpa é dos pais? A mim me pareçe que foi ele mesmo quem fez suas escolhas...

O que desejo concluir é que : quando jovens detestar, odiar, invejar e culpabilizar os parentes é normal e natural. Cada um faz isso a sua maneira : uns num silencio morbito, outros com brigas e gritos, uns se vao (alguns voltam, outros jamais). Tem o que se jogam em drogas (uns muitos, outros pouco), uns ao suicidio, outros a paixoes arrebatadoras ...enfim, cada qual a sua maneira mas por uma mesma razao. Detestar aqueles que se ama. Ps : este odio, infelizmente acho que se fala pouco. Nao se deve detestar os pais. Paciencia : acontece, e muito mais frequente do que se iludi. (.) Temos vergonhas, podemos acha-los feio, sem graça, sem jeito, pobres, esnobes, ignorantes...enfim, pode-se se achar de tudo. Mas achamos isso porque os comparamos (ao menos em meu caso) com outros pais (obviamente mais legais!)
Eis a faze em que começamos a percebe-los como seres humanos. E isso, senhoras e senhores, é horrivel. Obs : eles nao sao humanos e por consequencias pais, eles sao pais e por consequencia humanos...assim como, a maioria dentre nos tambem seremos um dia. E tudo reparte de onde começou....

Antonio foi embora, 30 minutos antes do ultimo metro. Conversamos bastante. Ele me agradeçeu por ouvi-lo. Se sentiu bem seguindo o que lhe dizera o psi. Eu o agradeci por ter me escultado, tenho paixao por falar.

Ele tinha os olhos vermelhos....Nao, nao foi por conta da conversa...Got?

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